A dismenorreia é um problema ginecológico apresentado por mulheres em idade fértil, especialmente entre as adolescentes e adultas jovens. A doença diz respeito a uma série de manifestações dolorosas na região pélvica, que acontece no dia anterior e/ou no primeiro dia da menstruação. Não existe nenhuma patologia específica relacionada à doença, que afeta cerca de metade das mulheres em fase reprodutiva. A depender do nível da dor, a dismenorreia pode afetar consideravelmente a qualidade de vida da mulher. Por isso, buscar um tratamento eficaz é fundamental. Dentre as alternativas, o Pilates é uma ótima opção no tratamento da dismenorreia.
Formas de tratamento da dismenorreia
O tratamento da dismenorreia possui várias vertentes. A depender do caso e histórico da paciente, é possível utilizar anticoncepcionais, anti-inflamatórios não hormonais, vitaminas e medicamentos para evitar as contrações da musculatura uterina (tocolíticos). Até mesmo as terapias milenares, como a acupuntura, é eficaz para aliviar os sintomas da doença. Além disso, a prática de atividades físicas é comprovadamente uma excelente alternativa de tratamento, pois podem trabalhar toda a região pélvica. Inclusive, causa a chamada analgesia pelo exercício, melhorando o fluxo sanguíneo e liberando substâncias que agem na dor.
Estudos sobre o método Pilates no combate à dismenorreia
O Pilates passou a ser uma opção ao tratamento convencional da dismenorreia em razão da série de benefícios que sua prática proporciona. Joseph Pilates desenvolveu uma série de movimentos progressivos que o corpo é capaz de executar, ainda que com o auxílio de equipamentos e acessórios. O método trabalha intensamente a força, a respiração, alongamento, flexibilidade, dentre tantas outras vantagens. Ademais, o Pilates é excelente para fortalecer o centro de força do indivíduo, o chamado power house, que compreende os músculos da região abdominal e pélvica.
A partir da análise de tantos ganhos com a prática do Pilates, o método passou a interessar e ser alvo de diversos estudos científicos no tratamento da dismenorreia, como uma alternativa não medicamentosa. Sem contar que a prática ainda melhora o fluxo sanguíneo e o condicionamento físico, além de ajudar na prevenção e tratamento de uma série de doenças e lesões. No caso específico da dismenorreia, o método mostra-se muito eficaz, apresentando resultados bastante animadores na redução das fortes dores que a doença causa na mulher. Ou seja, melhora consideravelmente o nível de qualidade de vida.
De que forma o Pilates ajuda no tratamento da dismenorreia
Algumas das extensas pesquisas existentes sobre os efeitos do Pilates em mulheres com dismenorreia fazem análises práticas, a partir da observação do comportamento de um grupo de mulheres portadoras da enfermidade. Ou seja, elas foram submetidas ao método por um período de tempo determinado. A partir daí, portanto, ocorreram as análises comparativas da interferência do método nos sintomas. Assim, foi possível avaliar os resultados com o passar do tempo de prática da atividade física.
Os estudos demonstraram redução significativa da intensidade da dor presente nas mulheres que passaram a praticar o método Pilates. Muitos desses resultados, por exemplo, estão associados justamente ao grande número de benefícios que o método oferece.
Por exemplo, especificamente relacionados ao problema, há a melhora da força muscular, da circulação sanguínea, da respiração, a correção de desvios posturais e desordens musculares e, ainda, a redução das tensões dos músculos.
Além disso, o fato de o método tratar, conjuntamente, o corpo e a mente é um grande ponto positivo. Ao final, as mulheres passam a sentir menos dor e ter uma rotina de vida muito mais saudável nos períodos menstruais.
A grande redução das dores tem uma boa explicação. A prática do Pilates causa a famosa analgesia induzida por exercício. Nada mais é do que a melhoria nos parâmetros de dor, em razão dos estímulos do método no funcionamento dos mecanismos do próprio organismo. Ou seja, com os exercícios, o organismo aumenta a secreção de neurotransmissores, como a dopamina, noradrenalina e serotonina, que ajudam no controle da dor.
Pilates como método de reabilitação
De modo geral, o Pilates é excelente como agente complementar de reabilitação para variados tipos de doenças, inclusive neurológicas. A aplicação prática de todos os seus seis princípios quais sejam, Concentração, Centralização, Precisão, Respiração, Controle e Fluidez, proporciona uma melhora ainda mais rápida do paciente. Cada caso, no entanto, terá uma indicação própria de tempo e periodização de tratamento com o método, a partir da avaliação do profissional.
A reabilitação permite o resgate, recuperação e preservação de funções, que podem ser físicas intelectuais e até psicológicas. Com a prática frequente do Pilates, o indivíduo vai conquistar sua autonomia, independência e capacidade de interação, seja total ou parcialmente, a depender do caso. Ou seja, diretamente o indivíduo conquista ganhos imensuráveis em sua qualidade de vida.