A espondilite anquilosante é uma inflamação que atinge as articulações, especialmente da coluna, quadris, ombros e joelhos. Nesse artigo, falaremos um pouco do problema e de como atua o Pilates no tratamento da espondilite anquilosante.
O que é a espondilite anquilosante?
A espondilite anquilosante é uma doença crônica, caracterizada pela inflamação das articulações. A doença não tem cura e pode afetar tanto as articulações do esqueleto axial (crânio, caixa torácica e coluna vertebral), quanto as grandes, pequenas e médias articulações do corpo, em especial as dos ombros, quadris e joelhos. Normalmente a doença apresenta uma quadro evolutivo estimulado pelo estilo de vida do paciente.
Sintomas e diagnóstico
Algumas manifestações clínicas são bem características da espondilite anquilosante. Assim, o portador da doença costuma apresentar limitação de movimento, diminuição de expansibilidade torácica e de enrijecimento da coluna, além de um quadro de inflamações em graus de intensidade variados e muitas dores. Ou seja, a doença provoca uma limitação geral e gradual da capacidade funcional do indivíduo, restringindo a sua liberdade de movimento e autonomia.
O diagnóstico parte da análise do quadro clínico do paciente, associada a exames de sangue e de imagem. A doença é identificada após a avaliação desses fatores, já que não há um exame específico para diagnóstico da doença. Porém, o diagnóstico precoce é um diferencial no tratamento, atuando no controle do avanço do quadro sintomatológico.
Principais tratamentos para a doença
O tratamento da espondilite anquilosante é feito de maneira individual, a depender da avaliação clínica e sintomas de cada paciente. Mas, em geral, esse tratamento é feito com o uso de medicamentos parta controlar a inflamação e a dor. Nos casos mais graves, pode haver necessidade, inclusive, de intervenção cirúrgica. Portanto, ao apresentar sintomas, o indivíduo deve buscar auxílio médico imediatamente, a fim de conter a progressão e o desenvolvimento da doença.
Além disso, as organizações de saúde, como por exemplo a Sociedade Internacional de Avaliação da Espondiloartrite (ASAS) e a Liga Europeia Contra o Reumatismo (EULAR) indicam a necessidade de adotar uma prática da atividades físicas e de reabilitação.
O intuito dos exercícios é preservar a mobilidade das articulações que estão comprometidas, além de prevenir e/ou tratar eventuais sequelas, como, por exemplo, deformidades na postura. Métodos como o Pilates, por exemplo, conseguem resultados excelentes, com o fortalecimento dos músculos que envolvem as articulações e a controle dos sintomas em geral.
Embora não haja ainda cura para a doença, o tratamento adequado é eficaz para controlar os sintomas e manter a doença sob controle, devolvendo ao paciente uma vida autônoma e produtiva. Por outro lado, a ausência do tratamento pode causar deformações e limitações extremas.
Como o Pilates contribui com o tratamento da espondilite anquilosante
Ao contrário de algumas enfermidades inflamatórias que causam aumento da dor com a realização de certos movimentos, a espondilite anquilosante tende a piorar o quadro álgico, quando o indivíduo não estimula as articulações e se mantém em repouso. Ou seja, o movimento é necessariamente um método auxiliar de tratamento da espondilite anquilosante.
No entanto, é fundamental que o paciente opte por uma atividade física focada na reabilitação, porque os exercícios trabalharão também as articulações atingidas pela doença, que muitas vezes apresentam-se com limitação de movimento e com dor. Então, o Pilates é um dos métodos mais indicados no tratamento auxiliar da espondilite anquilosante, em razão de seu alto poder de reabilitação.
Existem estudos que avaliam os resultados da intervenção com o método Pilates no controle da doença. As respostas obtidas são bastante positivas. Por exemplo, o Pilates auxilia na melhora da postura e no alongamento e fortalecimento dos músculos e das articulações. Além disso, o Pilates contribui decisivamente para a redução do quadro de dor. Ademais, ajuda a prevenir eventuais lesões e sequelas e melhora o equilíbrio, flexibilidade, a consciência corporal e a coordenação motora.
Com a prática do Pilates, o paciente portador da espondilite anquilosante consegue realizar as suas atividades rotineiras com mais autonomia e resgata sua qualidade de vida. Isso acontece, porque os ganhos advindos da prática do método permitem que ele se mantenha em uma mesma posição por mais tempo, sem sentir dores.
Portanto, o Pilates restaura a capacidade funcional do paciente diagnosticado com espondilite anquilosante, sendo uma escolha segura e assertiva.
** As informações que estão neste artigo baseiam-se em estudos científicos, pesquisas acadêmicas e fontes relevantes e confiáveis.