“Semelhante as raízes de uma árvore, nossas pernas e pés interagem energeticamente com o solo. Podemos sentir os pés tornando-se carregados e alertas quando andamos descalços na grama molhada ou na areia aquecida”. (Alexander Lowen)
A coluna vertebral é uma estrutura forte, flexível e interligada. Para liberar a tensão na região lombar devemos liberar a tensão das áreas relacionadas a parte inferior das costas. Essa integração envolve força e resistência dos músculos do assoalho pélvico, músculos abdominais e músculos estabilizadores da coluna lombar, além do aumento da flexibilidade das suas articulações, liberando a dor e a tensão nessa região. O corpo estabelece um alinhamento que permite a total movimentação para desafios maiores em exercícios de Pilates. Dessa forma, fortalecemos a coluna e podemos imaginar o corpo como uma árvore forte, saudável e frondosa, sustentada por nossas “raízes móveis”, que são nossos pés.
Segundo CALAIS- GERMAIN e LAMOTTE, (1991, p.99):
“De pé, flexão anterior rolando as vértebras uma a uma, os braços direcionados para baixo. Este exercício é algumas vezes proposto para “relaxar” a coluna”.
Flexionar lentamente a coluna para frente desde o topo da cabeça até o quadril é uma oportunidade para olhar para dentro, liberar tensão e melhorar o alinhamento. As articulações entre os processos vertebrais são planas, e as duas superfícies podem deslizar uma sobre a outra quando você curva a coluna. Imagine esse deslizamento liberando tensão e criando alongamento na coluna (Franklin, 2012).
Coluna é emoção. A análise postural de um indivíduo envolve sentimento, sua história de vida, sua personalidade e suas expectativas. Complexo e mágico ao mesmo tempo, é a minha paixão como profissional. Como entender tanta complexidade? A Anatomia Emocional, criada por Stanley Keleman, é uma reflexão sobre as conexões entre a anatomia e os sentimentos.
De acordo com Keleman, (1992, p.11):
“A vida produz formas. Estas formas são parte de um processo de organização que dá ao corpo as emoções, pensamentos e experiências, fornecendo-lhes uma estrutura. Essa estrutura, por sua vez, ordena os eventos da existência”.
Fonte: CALAIS- GERMAIN, Blandine, e LAMOTTE, Andrée. Anatomia para o movimento, volume 2: Bases de Exercícios. São Paulo, Manole, 1991.
FRANKLIN, Eric. Condicionamento físico para dança. Técnicas para otimização do desempenho em todos os estilos. São Paulo: Manole, 2012.
KELEMAN, Stanley. Anatomia Emocional. São Paulo: Summus Editorial Ltda, 1992.
LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus Editorial Ltda, 1975.