Outubro Rosa e a luta contra o câncer de mama

Outubro Rosa e diagnóstico do câncer de mama

O Outubro Rosa é um movimento mundial de combate ao câncer de mama, que visa à conscientização da sociedade acerca da importância do diagnóstico precoce, para o tratamento da doença, e da prevenção.

O movimento começou nos Estados Unidos, quando os estados passaram a propor ações isoladas de conscientização acerca do câncer de mama em outubro. A mobilização foi ganhando força, até que o Congresso Nacional Norte-Americano aprovou o mês de outubro para se tornar referência nacional nesse sentido.

As ações mais consistentes e organizadas em prol da luta contra o câncer de mama dentro do contexto já do Outubro Rosa começaram a ocorrer em 1997, ainda nos Estados Unidos. Nas cidades de Yuba e Lodi, os órgãos se uniam à sociedade civil para disseminar conhecimento acerca da importância do diagnóstico precoce.

Além dos já famosos laços rosas, também aconteciam desfiles, corridas e outras ações, sempre focadas na conscientização social. Com o passar do tempo, a mobilização em torno do Outubro Rosa foi ganhando o mundo todo, mostrando a força da união para uma causa tão importante.

No Brasil, há a Lei 13.733/18, que dispõe sobre ações a serem desenvolvidas no País dentro da campanha do Outubro Rosa. A lei dispõe que, no referido mês, devem ser desenvolvidas atividades, entre outras, de:

I – Iluminação de prédios públicos com luzes de cor rosa;

II – Promoção de palestras, eventos e atividades educativas;

III – Veiculação de campanhas de mídia e disponibilização à população de informações em banners, em folders e em outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção ao câncer, que contemplem a generalidade do tema;

IV – Realização de atos lícitos e úteis para a consecução dos objetivos da campanha.

Simbologia do Outubro Rosa: o laço

O símbolo que representa a luta contra o câncer de mama é o laço cor-de-rosa. Foi por essa razão que o nome do movimento acabou batizado de Outubro Rosa.

O laço enquanto símbolo de luta, por sua vez, remonta de 1990. À época, a Fundação Susan G. Komen for the Cure distribuiu laços rosas para participantes do primeiro evento batizado de Corrida pela Cura. Desde então, acontecem ações todos os anos.

Iluminação rosa

Outro símbolo que marca o Outubro Rosa é a iluminação de diversos equipamentos públicos e privados durante o mês de outubro. Não há registros muito claros sobre quando e como começou a acontecer a ação, mas o fato é que todo mundo se mobiliza nesse sentido.

Apesar da ausência de uma informação formal sobre a questão, fato é que o colorido rosa em prédios, pontos, sedes de empresas e órgãos públicos potencializa o movimento e permite que ele alcance um público ainda maior. Hoje em dia, é um símbolo visual, uma identidade do movimento em todo o mundo.

No Brasil, a iluminação rosa começou em São Paulo, em 2002. O Obelisco do Ibirapuera, oficialmente chamado de Mausoléu do Soldado Constitucionalista, foi o primeiro monumento a receber a iluminação, com a iniciativa de mulheres em parceria com uma empresa de cosméticos.

Outubro Rosa propõe diagnóstico precoce do câncer de mama

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde (Inca), de todos os tipos de câncer, o de mama é a maior causa de morte entre as mulheres no Brasil. No período entre 2016-2020, esse tipo de câncer representou 16,3% do total de mortes por câncer entre as mulheres.

Além disso, as pesquisas do Inca também identificaram um aumento progressivo de mortalidade pelo câncer de mama com o avançar da idade. Todos os dados fazem parte do Atlas de Mortalidade por Câncer, documento produzido pelo Inca para ajudar o trabalho dos profissionais vinculados à saúde pública.

Nesse sentido, o diagnóstico precoce é uma das armas mais poderosas e efetivas para a cura e controle do câncer de mama. O Outubro Rosa exerce papel fundamental, por incentivar o debate e disseminar informações sobre como agir para detectar a doença.

Procure um médico se você identificar qualquer uma dessas alterações
Procure um médico se você identificar qualquer uma dessas alterações

O que é e como fazer o autoexame da mama

O autoexame das mamas é uma estratégia de saúde pública, com o objetivo de identificar qualquer alteração perceptível na região. A proposta é que a mulher passe a observar as mamas com mais atenção e comece a apalpá-las, em busca de qualquer sinal de nódulo ou caroço, porque quanto mais cedo for diagnosticado o câncer de mama, maiores as chances de cura. Portanto, o autoexame é fundamental nesse processo.

Assim, o autoexame consiste em algumas ações que a mulher deve realizar com o máximo de frequência:

  • Observar as mamas atentamente, com os braços estirados para cima e também com os braços relaxados;
  • Apalpar as mamas, tanto em pé quanto deitada. Para isso, a mulher deve colocar o braço direito para cima e a mão atrás da cabeça. Com a mão esquerda, deve apalpar a mama direita, fazendo leves compressões e também apertando com os dedos.

O que o autoexame da mama pode identificar?

A mulher deve buscar identificar:

  • Presença de algum caroço ou nódulo, mesmo que não apresente dor, nas mamas (é recomendado também analisar as axilas e pescoço);
  • Presença de feridas ou lesões;
  • Alterações na coloração da mama ou do mamilo;
  • Alterações na textura da mama ou do mamilo;
  • Presença de líquido no mamilo;
  • Qualquer sinal que demonstre alguma anormalidade em suas mamas

Ao encontrar qualquer suspeita, a mulher deve imediatamente buscar auxílio médico. A importância do Outubro Rosa está justamente em direcionar as informações para orientar a mulher sobre o que ela deve fazer e por quê.

Outubro Rosa também orienta sobre rastreamento do câncer de mama

Apesar da importância do autoexame, a mulher deve manter a realização dos exames de rotina e rastreio anualmente. Ou seja, deve ir ao seu ginecologista e realizar os exames que forem solicitados. O Ministério da Saúde recomenda algumas ações de rastreamento do câncer de mama para mulheres que não apresentam sintomas. Elas fazem parte do documento “Controle do Câncer de Mama: Documento de Consenso”. Então, dentre as orientações estão:

  • Exame clínico das mamas a partir dos 40 anos;
  • Mamografia para mulheres entre 50 e 69 anos, com intervalo máximo de dois anos entre os exames;
  • Exame clínico das mamas e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para mulheres do grupo de risco.

Pilates para mulheres em tratamento do câncer de mama

Desde que haja recomendação e liberação médica, a prática regular de atividade física atua positivamente nos aspectos físico e emocional da portadora de câncer de mama. Para saber mais sobre a indicação do Pilates no tratamento auxiliar do câncer de mama, clique nesse link. Além de todos os aspectos envolvendo os benefícios do Pilates nesse tipo de tratamento, o artigo traz também indicação de exercícios que podem ser feitos em casa.

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