O Tremor Ortostático (T.O.) é uma condição neurológica rara, descrita na literatura recentemente com causa desconhecida. Acomete mais em mulheres com idade média de surgimento aos 60 anos. Caracteriza-se por sensação de instabilidade e tremor rápido e irregular em membros inferiores e tronco. Os sintomas se iniciam segundos ou minutos após o paciente ficar de pé, e aumentam com o passar do tempo nessa posição. Estes diminuem ou somem ao caminhar ou sentar.
Indivíduos com essa disfunção têm receio de ficar de pé e sentir essa instabilidade. São pessoas que passam a maior parte do tempo sentada ou quando precisam se deslocar, o fazem rapidamente para não se expor a um ambiente de perigo. Por razões como estas desenvolvem alterações como fraqueza, encurtamento e fadiga muscular, diminuição da mobilidade não só da coluna, mas principalmente de articulações como quadril e tornozelo. Saber identificar se os tremores sentidos pelo paciente durante a sessão são causados pela patologia ou pela fadiga muscular provocado pela inatividade é um desafio constante.
Os relatos existentes na literatura sobre o tratamento dessa patologia, só mencionam a parte medicamentosa no controle dos tremores. Artigos que falem sobre o quanto é importante um trabalho motor com esse tipo de paciente praticamente não foram encontrados.
Dessa forma, métodos como o Pilates e o CoreAlign podem ser a base de um programa de tratamento bem sucedido, já que são grandes aliados na melhora da qualidade de vida, do padrão de marcha, equilíbrio e na manutenção da independência funcional.
Por: Marivani Rocha
Para: Revista +Q Pilates
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