As promessas feitas até agora por países para conter as emissões de gases de efeito estufa ajudarão a evitar os piores níveis de aquecimento global até 2100. Porém, mais ações precisam acontecer para manter as temperaturas dentro do limite de 2 graus Celsius estabelecido pelos governos. Assim, de acordo com estudos, os compromissos assumidos pelos governos para restringir as emissões depois de 2020 irão limitar o aquecimento a um aumento de 3,5 graus Celsius acima da era pré-industrial.
Segundo o estudo, isso representa menos que os 4,5 graus Celsius esperados, se os países continuarem na trajetória atual. Porém, mesmo assim, o aumento projetado nas temperaturas médias irá ultrapassar o teto de 2 graus Celsius acertado por quase 200 governos. Esse número seria o idela para evitar o agravamento das enchentes, secas, além das ondas de calor e do aumento no nível dos mares.
A análise é de especialistas da Climate Interactive, uma organização sem fins lucrativos do Estado norte-americano de Washington. E também da Escola de Administração Sloan do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).
Nos últimos anos, grandes emissores como Brasil, Indonésia e África do Sul divulgaram planos para reduzir as emissões depois de 2020. Outros grandes poluidores, como por exemplo China, EUA e União Europeia, também já revelaram planos semelhantes este ano. Tudo isso como uma tentativa de diminuir as consequências do aquecimento global.
As promessas nacionais, portanto, devem ser o arcabouço do acordo que se espera da Cúpula Climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris em dezembro para frear a mudança climática e, consequentemente, o aquecimento global.
Progressos contra o aquecimento global
“Fizemos progresso. Além disso, nossa análise mostra que podemos manter o aquecimento abaixo dos 2ºC. Para isso, bastam novas ações depois das negociações de Paris”, disse Andrew Jones, do Climate Interactive. “As barreiras atuais são políticas e sociais, portanto, acreditamos que podem ser superadas”, acrescentou em um comunicado.
Fonte: exame.abril.com.br