6 erros que professores de Pilates cometem

6 erros

 

Texto: Polestar Education

Tradução: Revista +Q Pilates

Pessoas cometem erros. Somos humanos, afinal. Quando os erros acontecem em seu estúdio, às vezes ele pode contribuir para mal-entendidos ou até mesmo afetar a experiência de Pilates. Felizmente, por avaliações regulares e melhorias de seus hábitos, você pode garantir uma experiência de movimento positivo para todos.

Você pode estar tão acostumado a sua rotina que você pode não perceber qualquer coisa que possa estar afetando suas sessões. Ao reavaliar seus ensinamentos, pergunte a si mesmo algumas perguntas: Isso é apropriado para dizer? Isso ajuda o cliente a entender? Como faço mudanças significativas no meu ensino?

Aqui estão seis dos erros mais comuns que os professores de Pilates fazem ao ensinar uma aula de Pilates.

  1. Demasiada ênfase na respiração

Durante décadas, Pilates tem sido associado com uma ênfase na respiração. Muitos instrutores repetem, “inalar – exalar” centenas de vezes em uma classe, sem nunca explicar o propósito. Para Polestar, a respiração deve corresponder à intensidade do exercício. De acordo com Ron Fletcher, Joseph Pilates disse sobre a respiração, “respirar no ar e respirar o ar”, não uma inalação estrita neste ponto ou que ponto de um movimento.

Concentrar-se demais em uma respiração particular pode muitas vezes distrair a atenção do aluno da sua experiência de movimento. Na Polestar sempre dizemos, “a respiração é uma ferramenta, não uma regra”.  Ou seja, usamos a respiração como uma ferramenta para facilitar ou desafiar o movimento eo controle.

  1. Ensine muitos exercícios na posição supina

Você provavelmente já participou ou ensinou em uma aula de Pilates exercícios onde os princípios no treino foram feitos no supino (deitado de costas). Para a maior parte, você gasta esse tempo fazendo exercícios de flexão espinhal. Os seres humanos devem acomodar o corpo aos muitos estímulos em nossas vidas, incluindo ficar de pé. É melhor ensinar e mover-se em diferentes orientações para a gravidade, não apenas em decúbito dorsal. Nos Princípios Polestar, apresentamos as categorias de movimento Polestar como um guia para selecionar os exercícios no repertório que melhor se ajustam aos objetivos do aluno e para criar lições ricas.

  1. Uso de linguagem negativa

Este é um dos mais sutis, embora possivelmente perigosos, os instrutores muitas vezes cometem esse erro. É muito fácil usar frases como: “não levante os ombros”, “você tem muita tensão no pescoço”, etc. Cada vez que usamos esse tipo de linguagem, corremos o risco de fazer com que nossos clientes se concentrem ou se estressem em um determinado movimento ou postura. E isso não diz ao cliente o que você “quer” que eles façam. Outra vez, a informação é significativa e melhora o desempenho dos clientes do movimento?

  1. Instrução antipática

Habilidades de comunicação são a base de ser um bom professor de Pilates. Em muitas ocasiões, a dificuldade de instruir com sucesso resulta de uma falta de formação centrada em técnicas de comunicação eficazes. Para uma experiência de movimento bem-sucedida, a confiança deve ser conquistada, e para isso deve-se ouvir atentamente e manter um tom de voz calmo e positivo. Idealmente, você deve falar com seu cliente de uma forma amável que combine com sua personalidade. Analise seu próprio discurso e certifique-se que o tom não é apressado ou militante ao dar instruções.

  1. Concentre-se em fazer alongamentos

Outro erro comum é usar exercícios de Pilates apenas para alongamento. Há evidências crescentes dos efeitos negativos de alongamento sustentado e má eficácia como um método para aumentar a amplitude funcional do movimento. Muitas vezes, estes alongamentos prolongados causam o efeito oposto no exercício terapêutico. Uma estratégia de movimento diversificada funciona melhor para melhorar a mobilidade no Pilates. Pense em muitos exercícios diferentes que levam um músculo através de sua gama completa de movimento – existem centenas. Ao melhorar o padrão motor que temos, afeta positivamente tanto a mobilidade quanto a força disponível. Não olhe o foco no estiramento próprio, mas para movimentos eficientes, integrados e da qualidade em todo o repertório.

  1. Propor exercícios difíceis muito cedo

Um dos mitos mais antigos na indústria da aptidão é, “nenhuma dor, nenhum ganho”, ou, “nenhuma dor, nenhuma glória”. Ambos os formadores e clientes geralmente operam com a crença de que quanto mais difícil for o exercício, mais benéfico ele é. Essa crença às vezes faz com que os instrutores (às vezes “obrigados” por seus clientes) selecionem exercícios de alto desafio muito cedo em seus programas de movimento. Isso muitas vezes faz com que o aluno desenvolva estratégias de movimento compensatório para compensar a falta de habilidades motoras eficientes, mobilidade ou força. Padrões de movimento ineficazes ou ineficientes podem muitas vezes se transformar em movimento habitual do cliente. Em outras palavras, o corpo se torna muito bom em executar incorretamente os movimentos. Depois que você moldar seu cliente, ele permanecerá fiel a um regime adequado para eles. Não há necessidade de correr para a linha de chegada, por assim dizer.

Se você se pegar executando um destes hábitos indesejáveis, não se espante. Tome-o como uma oportunidade de aprendizagem e uma chance de fazer seus clientes terem uma experiência ainda melhor.

Que outros maus hábitos fazem os instrutores? Deixe-nos saber nos comentários.

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6 Comentários. Deixe novo

  • Bom dia. Bom e necessário este artigo para que o instrutor se autoavalie e melhore sua técnica e comunicação com o cliente.
    Coisas que acho inadequadas:
    *Uso de diminutivos – “dobre a perninha, pezinho”, etc

    *Fanta de empatia .Quando o instrutor conversa só com a própria teoria e técnica, mais do que com o que o cliente real ali na sua frente está dizendo e manifestando com suas limitações corporais: teimar que o exercício não dá a dor que aquele cliente diz estar sentindo.

    *Novamente, falta de empatia quando o instrutor defende sempre os equipamentos em detrimento do que o cliente está comunicando sobre algum incômodo no seu contato com o referido equipamento: “Essa cama nunca deu dor em ninguém!” “Nunca alguém se queixou deste exercício ou equipamento”.

    * Boa conversa e descontração durante a sessão é agradável e até necessário, mas é ruim notar que o instrutor está mais participando da conversa com os outros do que observando o movimento do cliente….pior ainda se a distração acontece durante a manipulação que o instrutor está fazendo no cliente.

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  • Alice Becker
    08/09/2017 4:16 pm

    Oi Maria, tudo bem?
    Não tenha dúvidas de que o escopo de pratica vem em primeiro lugar. Não é disso que falo. Se alguém precisa de tratamento, deve buscar um profissional que além da formação em Pilates, tenha formação acadêmica para reabilitar. Neste caso deve procurar um profissional da área clinica. Não é a essa população que me refiro neste post. Estava falando com alguém que esta liberado para se exercitar, que hoje faz Pilates por considerar uma forma completa de movimento, mas que ainda assim sente dor ao fazer Pilates. Isso não deveria estar acontecendo. Tem pessoas que não tem patologias, ou já reabilitaram e não estão mais em processo de reabilitação, mas sentem dor em determinados movimentos ou posições. Um bom profissional de movimento, de qualquer área, precisa saber adaptar os exercícios para que esta pessoa possa mover sem sentir dor nem se machucar. O que quis dizer é que independente de qual o escopo de pratica, os profissionais precisam saber adaptar os exercícios para as diferentes condições físicas, para que o movimento não cause danos e sim benefícios. Este profissional deve também sempre indicar para outros profissionais competentes nas áreas específicas que não forem sua especialidade, quando for o caso, seja está área a fisioterapia, a psicologia, a medicina ou qualquer outra ligada à saúde integral.

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  • MARIA LUCIA BERTOLDI
    07/09/2017 8:45 pm

    Considero essa afirmação da colunista inadequada, pois alunos com diferentes patologias devem ser en caminhados-liberados para se exercitar com pilates através dos médicos e ter feito formação de pilates pela Physio Pilates – Polestar não é garantia de segurança para essa clientela. É irresponsável afirmar isso, pois nem todos que fazem essa formação tem condições de assegurar atendimentos a uma população específica. alguns instrutores são da área de dança, ioga e até outras áreas que não tem condições de atuar com algumas patologias

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  • Raul Rachou
    28/05/2017 8:53 pm

    Muito pertinentes as seis observações (erros?).
    Por ora, só faço um comentário quanto à segunda. Por que há tantos exercícios em posição supina?
    Não seria um modo de inibirmos os padrões posturais de verticalidade construídos a partir de compensações e que tornam-se parasitários? Só chamo a atenção para a importância de inibir o que muito atrapalha para se chegar de fato a novas reorganizações de movimento. Hmm, confesso que não sei se fui claro.

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  • Rosangela Soares
    27/05/2017 6:34 pm

    Faço pilates ha muito tempo..só paro nas ferias e qdo viajo.! Mas tem dia q volto p casa dolorida..depende do exercicio q me é dado..tem movimentos q n me fazem bem. Ja falei p minha professora..ela sabe das minhas dores ..ja fiz ressonancia e ela viu…as vzs ate penso em parar..mais ainda acho q o Pilates é um exercicio completo!

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    • Mais Que Pilates
      29/05/2017 1:03 pm

      Conforme conversamos com nossa colunista Alice Becker, ela falou que Pilates pode ser muito benéfico, mesmo para quem tem patologias bem graves, mas isso só acontece quando o professor sabe lidar com essas patologias. Nem todo exercício de Pilates é adequado para todo mundo. É preciso que em primeiro lugar você investigue o que você tem e a partir daí buscar um professor que tenha uma formação consistente e que saiba quais exercícios são contra-indicados para determinadas populações. Para quem tem hérnia de disco, ou osteoporose, por exemplo, quase que 70% do repertório original, o clássico, de Pilates, precisa ser modificado e adaptado para que não provoque dor ou danos. Vale você perguntar qual a formação em Pilates que sua professora tem e ver se ela está apta a lidar com suas questões. Quanto maior o risco do cliente/paciente, maior e mais específico deve ser o nível de treinamento do profissional. No Brasil a grande especialista em reabilitação, e pioneira em Pilates para reabilitação, que forma profissionais de Pilates em todo o Brasil, que sabem lidar com precauções e contra-indicações para as diferentes patologias, é a Physio Pilates – Polestar. Você pode perguntar se seu professor possui essa formação completa. Se não tiver, sugira que ela a faça, para que você possa se sentir mais segura. Ou você pode por um curto período de tempo, fazer aulas com um profissional que possua esta formação até aprender o que pode e não pode fazer e depois voltar para sua professora. Não é natural sentir dor após uma sessão. Ao contrário, uma sessão de PIlates bem feita deve provocar alívio de dor.

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