Por Silvia Gomes.
É com grande prazer que escrevo meu primeiro texto para a +Q Pilates. Hoje, quero convidá-los á pensar um pouco sobre a dinâmica da pelve nos movimentos de estabilização.
Quando fazemos arcos de fêmur (Femur Arcs), seja em decúbito dorsal ou lateral, existe uma alternância entre as ativações das musculaturas que compõem o CORE ou o POWER HOUSE. Quando flexionamos o quadril, a tendência da coluna vertebral é entrar no seu embalo e flexionar também. Nesse momento, é importante permitirmos a dissociação do quadril, imaginando que ele está cheio de óleo, bem lubrificado e, ao mesmo tempo, liberarmos a ativação do assoalho pélvico, permitindo um afastamento suave dos ísquios e cóccix, além do crescimento da coluna vertebral, através dos eretores espinhais.
No momento em que, fazendo o movimento contrário, o quadril começa a estender, a tendência da coluna também é acompanhá-la, entrando em hiper extensão.
É hora do movimento oposto: aproximar os pontos ósseos da pelve, através da ação da musculatura do assoalho pélvico, iniciando, a partir daí, a conexão do transverso e demais musculaturas abdominais. Sua ação irá manter a relação entre costelas e pelve, entre púbis e esterno, garantindo a estabilização da coluna.
Pensando num movimento fluido, o balançar da coxa, através do deslizamento do fêmur no acetábulo, será acompanhado do pulsar da musculatura pélvica, relaxando na flexão, abrindo como uma flor e contraindo na extensão, fechando a pelve como um botão de rosa.
Flexão, extensão – relaxamento, contração – flor abrindo, flor em botão.
Acompanhem a animação com esse pensamento e experimentem praticá-lo.
Para a gestante, esse pensamento é fundamental, tanto para o recolhimento e sustentação, quanto para o relaxamento e capacidade de liberação da pelve e sua musculatura.
Experimentem e me contem!