A ciência já demonstrou, por meio de inúmeros estudos e experimentos, a eficiência do método Pilates para a fisioterapia. O processo de reabilitação visa, normalmente, a devolver funcionalidades ao paciente, a fim de que ele consiga resgatar sua autonomia e independência no exercício das tarefas rotineiras. Porém há casos de doenças mais graves ou avançadas, quando já não é possível restaurar as funções do corpo. Ainda assim, a reabilitação exerce um papel fundamental, e seu objetivo é realinhado para promover melhorias na qualidade de vida daquela pessoa. Nesse artigo apresentaremos 3 hipóteses de como manusear o Pilates para problemas específicos.
Dor lombar crônica não específica
Antes de dar início a qualquer intervenção de movimento, é necessário analisar os mecanismos de ação da dor lombar crônica. Isso é relevante na medida em que ajudará a identificar o tipo e causas da dor. Assim, será possível fazer as diferenciações necessárias que ajudarão a determinar qual a melhor forma de usar o Pilates nesse problema específico.
Então, dentro do ambiente do Pilates, o profissional deverá analisar e testar os fatores abaixo elencados:
- Padrões compensatórios excessivos, devido à restrição nas áreas funcionais vizinhas;
- Instabilidade local; devido à insuficiente ativação de camadas musculares profundas e músculo transverso do abdome;
- Restrições de fáscias e de outros tecidos moles que provocam reações de dor.
A partir das conclusões dessas análises, o instrutor de Pilates conseguirá abordar especificamente a área da origem da patologia.
Distúrbios respiratórios e do assoalho pélvico
Outra situação comum que conta com o suporte do Pilates enquanto ferramenta de fisioterapia são os distúrbios respiratórios e do assoalho pélvico. É importante mencionar que a reação adequada equilibrada dos diafragmas desempenha um papel importante na função completa e saudável do corpo humano.
Os diafragmas são estruturas formadas por músculos e tecidos, que compõem o sistema de fáscias e ajudam a demarcar certas cavidades do nosso corpo. Aqui estamos nos referindo especificamente ao diafragma torácico e ao diafragma pélvico.
O diafragma torácico é considerado o músculo mais importante no processo respiratório e separa as cavidades torácica e abdominal. Por sua vez, o diafragma pélvico delimita o ânus, a uretra e o canal vaginal, no caso das mulheres. Ele está envolvido nos processos da urina e da resposta sexual.
Assim, quando o aluno reclama de distúrbios respiratórios ou problemas de continência e dor pélvica, é necessário avaliar a ativação correta tanto do sistema muscular respiratório primário como do secundário.
Um professor qualificado da Pilates observará, abordará e melhorará a ativação funcional desses sistemas.
Pilates para problemas específicos no esporte
Cada esporte tem uma demanda muito específica, e esta precisa ser analisada e abordada para evitar o abuso ou lesão. Por exemplo, um golfista precisará trabalhar em graus de mobilidade rotacional nas articulações do quadril e na coluna torácica. Por outro lado, um tenista precisará alcançar estabilidade funcional em posições de braço acima da cabeça com ativação rotacional completa no quarto superior.
O instrutor de Pilates testará a mobilidade segmentar e os componentes da estabilidade dinâmica nestas áreas e abordará as necessidades do atleta com exercícios específicos de Pilates.