Cobrar ou não cobrar a aula experimental de Pilates? Se você é proprietário de um Estúdio de Pilates já deve ter feito essa pergunta inúmeras vezes a si mesmo. Existem muitos motivos que podem levar os donos de studios a cobrarem pela aula experimental. Por exemplo, a ausência de remuneração dos professores pela aula gratuita e até o receio de receber concorrentes observadores que querem avaliar o mercado. Além disso, às vezes a intenção é somente dispensar os curiosos, para fazer uma seleção prévia de pessoas realmente interessadas na prática do método.
Quando acontece essa prática de cobrar pela aula experimental de Pilates, o profissional tem a opção de descontar o valor se o aluno decidir fechar um plano. Diante desse importante questionamento, aqui refletiremos sobre o assunto. Acompanhe.
Prática de degustação
Vamos pensar em alguns modelos de negócios que se utilizam da prática de degustação de um produto ou serviço. Um bom exemplo são as concessionárias de carro que oferecem o famoso test drive para clientes em potencial. O objetivo maior dessa prática é fazer o cliente experimentar o veículo, sentir aquele cheirinho de novo, dirigir, passear pelas ruas e viver a experiência de ser dono do carro.
Essa experiência faz toda a diferença no processo de compra, porque o cliente se encanta pelo produto antes mesmo da aquisição. Da mesma forma, as lojas de celulares deixam seus modelos ao alcance das mãos dos clientes, a fim de que eles possam experimentar os novos modelos. O simples fato de ter o aparelho nas mãos já faz as pessoas pensarem: “Se eu tivesse esse celular com essa câmera, com essa tela, dessa marca, com esse design…” Esse sentimento impulsiona a decisão do cliente de comprar ou não.
Agora, e se esses serviços fossem cobrados, será que eles atingiriam a mesma quantidade de pessoas e com esse mesmo sentimento?
Reflita se deve cobrar ou não cobrar a aula experimental de Pilates
Voltando à realidade dos profissionais de Pilates, o momento em que o aluno/cliente chega ao estúdio para fazer uma aula experimental é o ápice do seu trabalho. Mas por que dizer isso? Você montou seu espaço com o que tinha de melhor, decorou, contratou os melhores professores, fez um trabalho maciço de divulgação. Tudo isso justamente para trazer os clientes em potencial até o seu espaço. Então, é nesse momento que você tem que tornar essa experiência a mais prazerosa possível. Você precisa encantar esse cliente.
A aula experimental nada mais é que a degustação do seu trabalho. Ou seja, é o momento em que você vai mostrar ao potencial cliente que é realmente tudo aquilo que ele imaginou. Nessa etapa de venda do seu serviço, nada pode atrapalhar a decisão de compra. E, nesse sentido, a cobrança já no primeiro momento pode causar um impacto negativo e gerar uma dúvida na cabeça do seu cliente: “Eu nem conheço o trabalho deles e já vou ter que pagar para fazer uma aula?”
Primeira impressão fantástica
Por isso, ao se questionar se você deve cobrar ou não cobrar a aula experimental de Pilates, a resposta a essa pergunta deve ser “não”. Durante o processo de conversão do potencial para cliente efetivo, não se faz nenhum tipo de cobrança. É necessário um esforço máximo, para causar uma experiência incrível ao visitante. Ele precisa se surpreender com nosso espaço, o atendimento, o profissionalismo e com a aula experimental gratuita.
Passada essa primeira etapa, aí sim, é a hora de sentar e conversar sobre valores e planos. Mas, claro, com a certeza de que você deixou uma primeira impressão fantástica sobre o seu trabalho. Esse é o verdadeiro objetivo da aula experimental.
* Texto atualizado, de autoria de Rodrigo Moreira, diretor do Körper Studio Pilates, originalmente publicado em 4 de abril de 2017.
8 Comentários. Deixe novo
A pessoa cobrar o mesmo valor da segunda aula sendo q experimental foi 25 mts e a segunda 50 mts …e cobrar por 35 cada uma e injusto…raiva de o aluno nao continuar .
Não entendi a comparação da aula de Pilates com produtos como celulares e automóveis. Estúdios de Pilates não são linhas de produção e professores de Pilates não são produtos à degustação. A comparação mais adequada seria comparar os estúdios de Pilates com salões de beleza, consultórios médicos e outros prestadores de serviço.
Segunda coisa que me chamou a atenção no texto é dizer que o cliente reclamará de pagar pela aula:
O cliente deve entender desde o primeiro momento que pagar pela aula é algo NORMAL e que ele está pagando pelo CONHECIMENTO e atendimento EXCLUSIVO que irá receber do instrutor(a).
É moralmente e eticamente correto recebermos pelo nosso trabalho.
Elisa concordo com você!! Não temos que provar nada, temos que nos tornar cada vez mais autoridades e as pessoas desejarem ser atendidas por nós pelo nosso conhecimento e resultados que oferecemos!! Eu cobro e desconto se fechar um pacote! A pessoa recebe muitas orientações que contribuirão na melhora do seu dia a dia nesta primeira sessão, é uma avaliação da pessoa, do que necessita fazer e não apenas “experimentar” os aparelhos e testar se o profissional é cordial…
Atendimento gratuito fere as leis do COFFITO! Sem falar que desvaloriza a profissão!!! Depois os fisioterapeutas ficam reclamando que não são valorizados… sou s favor de cobrar aula experimental SIM! Assim também afasta os mal-intencionados.
Concordo 👏🏻
Ok. Mas o ônus é da empresa, certo. O profissional, se for freela deve ceder aulas experimentais, mas quantas, até o estúdio se convencer? De quantas aulas experimentais gratuitas sem pagar ao profissional precisa a empresal/estúdio para se convencer de que o profissional é competente? O que separa aula experimental de exploração de mão obra, neste contexto. Um caso para o Jusbrasil, mas não custa indagar aqui. Obrigada
Parabéns Rodrigo e grata por contribuir com suas dicas e observações preciosas com o mercado empresarial de Pilates!
Rodrigo concordo com você, apesar que tem hora e certos clientes que da vontade de não ter mais aula experimental viu!